segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Quando eu me for...


(foto: bia cardeal)

Árvores me seduzem a alma! Para mim elas são eternas...
Um dia, quando eu me for daqui, peço que não me enterrem como a maioria, não me sufoquem debaixo do chão... Gostaria de ser transformada em cinzas e que minhas cinzas sejam o alimento de uma árvore, plantada no meu coração. Aí abrigarei passarinhos e seus ninhos, aí alimentarei insetos e crianças, aí serei refresco e refúgio aos cansados, aí serei eu mesma, plantada no chão em que piso e serei eterna como as árvores.
(b.c.)


Li num blog e posto aqui. Gostaria de ter(ler) este livro:

‘Há pessoas que nos fazem voar. A gente se encontra com elas e leva um bruta susto. Primeiro, porque o vento começa a soprar dentro da gente, e lá, de cantos escondidos de nossas montanhas e florestas internas, aves selvagens começam a bater asas, e a gente não sabia que tais entidades mágicas moravam dentro de nós, e elas nos surpreendem, e nós nos descobrimos mais selvagens, mais bonitos, mais leves, com uma vontade incrível de subir até as alturas, saltando, saltando de penhascos, pendurados numa asa-delta (acho que o nome disso é fé…)’

Na Companhia de Rubem Alves
Livro de Anotações para Mulheres
Editora Versus/ 2010